Hungria fechará fronteira com a Croácia à meia-noite desta sexta

Mais de 170 mil migrantes entraram na Hungria a partir da Croácia desde 15 de setembro, data em que Budapeste fechou a fronteira com a Sérvia
Da ABr
Publicado em 16/10/2015 às 12:21
Mais de 170 mil migrantes entraram na Hungria a partir da Croácia desde 15 de setembro, data em que Budapeste fechou a fronteira com a Sérvia Foto: Foto: AFP


A Hungria vai fechar a sua fronteira com a Croácia à meia-noite, um mês depois de ter feito o mesmo com a fronteira sérvia, anunciou nesta sexta-feira (16) o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto.

A decisão é anunciada um dia depois da conclusão da uma nova barreira antimigrantes.

Mais de 170 mil migrantes entraram na Hungria a partir da Croácia desde 15 de setembro, data em que Budapeste fechou a fronteira com a Sérvia.

Criticada pelas medidas que toma em relação aos migrantes, a Hungria afirma cumprir as suas obrigações de proteger a fronteira externa da União Europeia.

Em entrevista antecipada hoje pela revista alemã Focus, o primeiro-ministro húngaro, o conservador nacionalista Viktor Orban, afirmou que o islamismo nunca fez parte da Europa.

“O Islã nunca fez parte da Europa, veio até nós”, disse o chefe do governo húngaro, que tem assumido posição dura contra a entrada de refugiados na Europa, a grande maioria muçulmanos.

Na entrevista, que será publicada na íntegra neste sábado (17), Orban admite que milhares de imigrantes turcos, a maioria muçulmanos, que chegaram à Alemanha nas décadas de 60 e 70 e que contribuíram com a sua mão-de-obra para a economia alemã “pertencem à história da Alemanha e, portanto, da Europa”.

“Mas, espiritualmente, o Islã não pertence à Europa. É um conjunto de regras de um outro mundo”, acrescentou o primeiro-ministro húngaro, que também criticou as autoridades de Paris e de Berlim por não admitirem que um país expresse as suas dúvidas perante a ideia de uma sociedade multicultural.

“Na Hungria, decidimos o que queremos e o que não queremos. Não queremos isso”, afirmou Orban.

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