Desbaratado plano para queimar lares de refugiados na Alemanha

As autoridades do estado de Bamberg, no sul da Alemanha, detiveram 13 membros de um movimento de extrema-direita suspeitos de planejar um incêndio
Da AFP
Publicado em 22/10/2015 às 21:28
As autoridades do estado de Bamberg, no sul da Alemanha, detiveram 13 membros de um movimento de extrema-direita suspeitos de planejar um incêndio Foto: Foto: Bundesregierung


A polícia alemã desbaratou nesta quinta-feira (22) um plano para incendiar abrigos para refugiados, um sinal da hostilidade crescente com relação aos numerosos migrantes que continuam chegando à Europa pela Eslovênia e pelos Bálcãs.

As autoridades do estado de Bamberg, no sul da Alemanha, detiveram 13 membros de um movimento de extrema-direita suspeitos de planejar um incêndio contra dois lares que abrigam solicitantes de asilo, informou a justiça alemã.

Nos últimos dias, o governo alemão tinha advertido para o risco crescente de que ocorressem atos de violência contra os migrantes que continuam chegando ao país, diante da hostilidade crescente da opinião pública.

A polícia reportou um aumento dos crimes contra albergues de refugiados, que vão de "danos materiais" à distribuição de "propaganda criminosa", um sinal de descontentamento diante da política da chanceler, Angela Merkel, de acolher os migrantes.

No sábado uma candidata à prefeitura de Colônia, no oeste da Alemanha, encarregada do alojamento dos migrantes foi ferida por um homem de extrema-direita. No domingo, ela foi eleita.

O comissário europeu de Migração, o grego Dimitris Avramopoulos, chegou nesta quinta-feira à Eslovênia para avaliar as necessidades deste pequeno país dos Bálcãs, que recebe milhares de migrantes por dia.

O funcionário europeu prometeu à Eslovênia que terão assistência "técnica e financeira" para enfrontar o fluxo de migrantes.

Depois que a Hungria instalou cercas para frear a chegada de refugiados, a Eslovênia se tornou, ao lado da Sérvia da Croácia, em um dos principais países de passagem para os refugiados que querem chegar ao norte da Europa.

A polícia eslovena anunciou nesta quinta-feira que 12.676 migrantes entraram no país nas últimas 24 horas, um recorde que supera, inclusive, as cifras registradas na Hungria durante o mês de setembro.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reconheceu "enormes problemas (...) quase existenciais" que enfrenta um Estado de apenas dois milhões de habitantes, porta de entrada ao espaço Schengen. 

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