Ucrânia e Rússia suspendem voos diretos

Nesse contexto de hostilidades, a Ucrânia anunciou em setembro uma série de sanções contra a Rússia
Da AFP
Publicado em 25/10/2015 às 17:22
Nesse contexto de hostilidades, a Ucrânia anunciou em setembro uma série de sanções contra a Rússia Foto: Foto: Reprodução/Google Maps


Ucrânia e Rússia suspenderam neste domingo os voos diretos entre ambos os países, em um novo episódio da crise bilateral que afetará milhares de passageiros. O último voo comercial entre Moscou e Kiev aterrissou no aeroporto principal da capital ucraniana, Boryspil, na madrugada de domingo. Desde então, nenhum avião liga essas duas ex-repúblicas soviéticas. O fluxo mensal de passageiros chegava a pelo menos 100.000 pessoas.

"Nunca pensei que chegaríamos a isso", disse um dos passageiros do último voo, o analista de informática russo Aleksandre Mikhailin, de 30 anos. "Isso vai complicar minha vida", afirmou, relatando que costuma fazer escala em Kiev em suas idas e vindas entre Moscou e Viena.

A proibição de voos diretos também afetará aqueles que têm familiares morando nos dois países. As relações entre Ucrânia e Rússia atravessam sua pior crise desde sua independência, depois que Moscou anexou a península ucraniana da Crimeia em março de 2014 e após a deflagração do conflito entre Kiev e os separatistas pró-russos do leste do país.

Nesse contexto de hostilidades, a Ucrânia anunciou em setembro uma série de sanções contra a Rússia, entre elas a proibição de quatro companhias aéreas russas (Aeroflot, Transaero, Sibir e Rossia), que operavam voos da Crimeia após sua anexação.

Dias depois, Moscou respondeu anunciando o fechamento de seu espaço aéreo a todas as empresas ucranianas, a partir de 25 de outubro. Em represália, a Ucrânia proibiu as atividades de todas as companhias aéreas russas em seu território.

Os passageiros ucranianos e russos terão de fazer escala em Chisinau (Moldávia), Minsk (Belarus), ou Riga (Letônia), para voar entre os dois países. Esta semana, Kiev e Moscou tiveram encontros bilaterais em Bruxelas, mas não conseguiram encontrar uma solução para esse novo conflito.

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