A União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira a criação de 100 mil vagas de acolhimento para os refugiados na Grécia e outros países dos Bálcãs, com o objetivo de administrar de modo mais eficiente a crise migratória sem precedentes, após uma mini-reunião de cúpula em Bruxelas.
Pelo menos 50 mil vagas serão criadas na Grécia, e as outras 50 mil na rota dos Bálcãs, em países como Macedônia e Sérvia, anunciou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anfitrião da reunião.
Após a mini-reunião de cúpula, Juncker anunciou à imprensa um programa de 17 "medidas pragmáticas e operacionais, para garantir que as pessoas não fiquem abandonadas, sob a chuva e o frio".
Desde o início do ano, mais de 670 mil pessoas chegaram à Europa, em sua maioria em fuga das guerras no Iraque, Síria e Afeganistão, na maior crise na Europa em 70 anos.
Quase 3 mil pessoas morreram na tentativa de chegar pelo mar ao continente europeu.
Com a aproximação do inverno, as autoridades temem que os migrantes sejam obrigados a passar a noite ao relento, o que provocaria muitas mortes.
O drama prossegue no Mediterrâneo, onde no fim de semana foram encontrados os corpos de 43 migrantes nas praias líbias situadas ao leste da capital Trípoli.