O presidente francês, François Hollande, recebe o secretário de Estado americano, John Kerry, no Palácio do Eliseu, nesta terça-feira (17), quatro dias após os mais sangrentos atentados já cometidos na França desde a Segunda Guerra Mundial - anunciou a Presidência francesa.
O encontro está previsto para acontecer amanhã, às 9h40 (6h40 no horário de Brasília). Na segunda-feira, Hollande anunciou que se encontrará, "nos próximos dias", com seus colegas russo e americano, os presidentes Vladimir Putin e Barack Obama, "para unir nossas forças" contra o Estado Islâmico na Síria.
De acordo com o departamento de Estado americano, Kerry chegou nesta segunda à noite a Paris para testemunhar a "relação forte" que liga os Estados Unidos e a França e manifestar a "determinação" dos dois aliados de lutar contra o terrorismo.
Ao longo da visita do secretário de Estado, que não foi divulgada com antecedência por questões de segurança, John Kerry "reafirmará o compromisso dos Estados Unidos com nossa forte relação com a França", disse seu porta-voz John Kirby.
John Kerry estava em Antalya, na Turquia, onde participou da cúpula do G20.
Em frente a uma embaixada americana iluminada pelas cores da bandeira francesa, o secretário americano prometeu derrotar o terrorismo.
"Estados Unidos e França não são apenas amigos - somos uma família", declarou Kerry, que também se reunirá com o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius.
"Vamos derrotar o Daesh [acrônimo em árabe para o EI] e todos que compartilharem sua ideologia desprezível, e vamos continuar a mostrar compaixão pelos que procurarem abrigo da violência deflagrada pelos terroristas", completou o secretário.
"Vamos lutar para garantir que o mundo que os nossos filhos vão herdar seja rico em amor e pobre em ódio", insistiu Kerry.
Ele descreveu os militantes do EI de "monstros psicopatas".
Segundo Kerry, os ataques não mudaram os planos das autoridades americanas - incluindo o presidente Barack Obama - de participar da Conferência de Paris sobre o Clima, a COP21, no final do mês.
"Não vamos mudar nosso rumo, ou cancelar nossos planos, incluindo nossos planos para irmos juntos a Paris no final desse mês para a conferência do clima das Nações Unidas", completou, ressaltando que "o presidente Obama me disse hoje o quanto ele está ansioso para estar aqui e ser parte desse momento importante".
"Sobre a Cidade-Luz nunca haverá obscuridade. A História assim testemunha, Paris conheceu tempos ainda mais sombrios. E os superou", ressaltou.
"Viva a França e a amizade com os Estados Unidos", declarou.