A França propôs nesta quinta-feira (19) ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) uma resolução com "todas as medidas necessárias" para combater o grupo jihadista Estado Islâmico, que reivindicou a autoria dos atentados que causaram 129 mortes na sexta-feira (13) em Paris.
O texto apela à comunidade internacional para que "redobre os seus esforços e a coordenação dos mesmos" no sentido de prevenir e impedir os atos terroristas cometidos pelo Estado Islâmico e por outras organizações terroristas associadas à Al Qaeda.
A resolução refere-se a medidas tomadas "no território sob o controle do Estado Islâmico na Síria e no Iraque" e em conformidade com as leis internacionais.
No projeto, a França reitera que condena não apenas os ataques em Paris, mas as ações do Estado Islâmico em outubro e novembro em Sousse (Tunísia), em Ancara, em Beirute e contra um avião russo abatido sobre o Sinai egípcio.
O documento pede que os países intensifiquem esforços para evitar que os seus cidadãos se juntem a integrantes do grupo jihadista na Síria e no Iraque e para secar as fontes de financiamento dos grupos extremistas.
"Conforme anunciado pelo presidente da República, François Hollande, a França propôs um projeto de resolução forte e centrado numa prioridade: a luta contra o inimigo comum, o Estado Islâmico", disse o embaixador francês François Delattre, para quem "a ameaça sem precedentes que este grupo representa para toda a comunidade internacional exige uma resposta forte, unida e inequívoca do Conselho de Segurança".
Paris espera adotar o texto nos próximos dias, o mais tardar no início da próxima semana.