O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, confirmou nesta segunda-feira que pedirá na próxima cúpula do Mercosul, em Assunção, em dezembro, que se aplique a Cláusula Democrática do bloco sobre a Venezuela "pela perseguição de opositores", afirmou, em coletiva de imprensa.
"Vamos fazer como dissemos em campanha, vamos invocar a cláusula democrática contra a Venezuela, que corresponde pelos abusos e a perseguição de opositores", afirmou Macri.
Macri enfatizou várias vezes durante sua campanha que pediria aos sócios do Mercosul que aplicassem a Cláusula Democrática do bloco, que visa à exclusão temporária de um membro se houver uma alteração da ordem democrática.
Em outubro, afirmou que, assim que assumisse a presidência, iria exigir a libertação do opositor venezuelano Leopoldo López e que, se o presidente Nicolás Maduro não aceitasse, levaria o caso ante o Mercosul.
Também expressou sua solidariedade para com o prefeito de Caracas Antonio Ledezma, atualmente em prisão domiciliar.
Macri também manifestou seu desejo de que sua primeira visita externa seja ao Brasil.
"Queremos afiançar as relações com nossos irmãos latino-americanos", declarou.