Japão voltará a caçar baleias na Antártica, apesar dos protestos

A missão, que durará de dezembro a março, inclui um barco principal e outros três navios com uma tripulação total de 160 pessoas
Da AFP
Publicado em 30/11/2015 às 8:53
A missão, que durará de dezembro a março, inclui um barco principal e outros três navios com uma tripulação total de 160 pessoas Foto: Foto: Foto: AFP/Jiji Press


O Japão voltará a caçar baleias na Antártica a partir desta terça-feira, depois de um ano de suspensão e apesar de a ONU determinar, em 2014, que estas atividades, em teoria científicas, têm fins comerciais.

"Os baleeiros científicos zarparão para uma nova missão de pesquisas na Antártica em 1o. de dezembro de 2015", indicou a agência japonesa de pesca em um comunicado postado em seu site.

A missão, que durará de dezembro a março, inclui um barco principal e outros três navios com uma tripulação total de 160 pessoas.

O Japão teve de desistir da temporada de caça às baleias 2014-2015 depois de uma denúncia da Austrália ante o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), que considerou que, na realidade, o que ocorria era pesca comercial e não científica, como afirma o governo japonês.

O Japão apresentou um novo plano de caça ante a Comissão Baleeira Internacional (CBI), que prevê a captura de 3.996 baleias anãs (também chamadas Minke) na Antártida nos próximos 12 anos, uma média de 333 por temporada, frente às 900 do plano condenado pela justiça internacional.

O governo japonês considera que essas capturas são necessárias para reunir informações sobre a idade da população da espécie de determinar assim o nível de caça que não ameace a sobrevivência das baleias.

O consumo de carne de baleia é uma tradição no Japão, que continua caçando baleias no noroeste do Pacífico e em suas águas territoriais, que não estão dentro da decisão do TIJ.

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