O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, reconheceu nesta sexta-feira (11) que seu país demorou para reagir diante do fluxo de migrantes, mas ressaltou que todos os que chegam estão sendo registrados.
Neste verão, a Grécia foi surpreendida pela amplitude do fluxo migratório a partir da costa turca do Egeu. "Mas desde setembro, não há uma só pessoa que chegue que não seja registrada", afirmou o primeiro-ministro, respondendo no Parlamento a uma pergunta.
O dirigente reconheceu que, diante da falta de aparelhos suficientes para digitalizar as impressões digitais, às vezes são necessárias várias horas entre o momento em que elas são recolhidas com tinta, de forma tradicional, e seu registro em uma base de dados europeia, o que representa um risco para a segurança.
Por isso, pediu novamente que seus sócios europeus forneçam à Grécia mais aparelhos Eurodac.
Segundo um comunicado do ministério grego das Relações Exteriores, Atenas recebeu até o momento 39 aparelhos, dos 100 pedidos.
Na quinta-feira a Comissão Europeia pediu precisamente a Grécia, Itália e Croácia uma maior rapidez no recolhimento de impressões digitais, uma rotina que deve ser aplicada a todos os que chegam de forma irregular para transmitir posteriormente os dados ao sistema central Eurodac em um prazo de 72 horas.
Segundo a Comissão, estes três países não fizeram os avanços necessários, apesar de uma primeira advertência em outubro.
Pelo mar Egeu transitaram desde o início do ano mais de 750.000 migrantes, que se aventuram no mar para alcançar a Grécia e dali continuar até a Europa central e do norte em busca de uma vida melhor.