Republicanos criticam medidas de Obama para controle de armas nos EUA

Em plena campanha para as primárias das presidenciais, os republicanos reagiram de imediato, com o pré-candidato à Casa Branca Jeb Bush
Da ABr
Publicado em 05/01/2016 às 18:00
Em plena campanha para as primárias das presidenciais, os republicanos reagiram de imediato, com o pré-candidato à Casa Branca Jeb Bush Foto: Foto: SAUL LOEB/AFP


Os críticos do presidente norte-americano, Barack Obama, classificaram nesta terça-feira (5) as medidas propostas para controle de armas como um ataque aos direitos constitucionais dos cidadãos. Os pré-candidatos presidenciais republicanos prometeram rejeitá-las imediatamente se forem eleitos em novembro.

Barack Obama, limpando as lágrimas enquanto pedia aos cidadãos e aos legisladores para serem mais firmes na luta contra a violência armada, anunciou medidas para reforçar a verificação de antecedentes federais dos compradores antes da venda de armas, exigir que os comerciantes de armas tenham licença ou enfrentem processo criminal e expandir os meios de tratamento de saúde mental.

Em plena campanha para as primárias das presidenciais, os republicanos reagiram de imediato, com o pré-candidato à Casa Branca Jeb Bush alertando que Obama está “tentando contornar” a Constituição dos Estados Unidos, apesar de a ameaça terrorista ter aumentado.

“Em vez de tirar as armas das mãos dos cidadãos cumpridores da lei, como Obama e (Hillary) Clinton gostariam de fazer, devíamos nos concentrar em manter as armas fora das mãos dos terroristas, que querem matar americanos inocentes”, escreveu Bush no jornal Iowa’s Gazette.

“Quando eu for presidente dos Estados Unidos, revogarei os decretos anti-armas de Obama no primeiro dia do meu governo”, acrescentou Jeb Bush.

Outro pré-candidato republicano, Marco Rubio apoiou Bush. Mais distante da possibilidade de nomeação, Mike Huckabee, também republicano, repreendeu Obama, comparando a luta pelo controle de armas com outro grande cavalo de batalha da sociedade norte-americana: o aborto.

O ex-administrador de empresas Carly Fiorina classificou a jogada de Obama como “abuso inconstitucional desrespeitador da lei”, enquanto o neurocirurgião Ben Carson, também pré-candidato à Casa Branca, observou que o presidente está apenas “cumprindo sua agenda política”.

No discurso na Casa Branca, Obama disse que não houve nenhuma “rasteira” no sentido de reduzir os direitos dos proprietários de armas ou de confiscar armas.

Mas os críticos, incluindo os republicanos do Congresso, acusaram-no de intimidação que mina os direitos dos portadores de armas.

“Independentemente do que o presidente Obama diz, sua palavra não se sobrepõe à segunda emenda”, disse o presidente da Câmara, Paul Ryan.

Vários democratas falaram em defesa dos planos de Obama, incluindo os três candidatos à nomeação do respectivo partido para as eleições presidenciais.

A pré-candidata Hillary Clinton agradeceu a Obama no Twitter. Segundo ela, Barack Obama “deu um passo fundamental para combater a violência armada”.

“O nosso próximo presidente tem de prosseguir esse caminho e não destruí-lo”, concluiu Hillary.

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