O magnata americano Donald Trump, pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, afirmou que está disposto a abandonar investimentos de um bilhão de dólares na Grã-Bretanha, caso tenha a entrada proibida no país.
Deputados britânicos debaterão em 18 de janeiro um veto à entrada de Donald Trump no Reino Unido, medida solicitada por uma petição que reuniu 570.000 assinaturas.
Segundo a lei, os parlamentares devem debater uma petição quando esta supera 100.000 assinaturas, mas a sessão não resulta em decisões.
O bilionário americano é muito criticado desde que anunciou a proposta de impedir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos, após a morte de 14 pessoas em um tiroteio em San Bernardino (Califórnia).
Trump também afirmou que em Paris e Londres existem zonas radicalizadas nas quais os policiais se recusam a entrar, o que foi desmentido de maneira imediata pelos governos das capitais.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, chamou os comentários de Trump sobre os muçulmanos de "divisivos, estúpidos e equivocados".
O império econômico de Donald Trump, a Trump Organization, afirma que o americano pretende investir 700 milhões de libras (um bilhão de dólares) em dois campos de golfe que possui na Escócia.
"Qualquer ação de restrição dos deslocamentos obrigaria a Trump Organization a suspender tais investimentos e todos os investimentos futuros que contemplamos no Reino Unido", afirma o porta-voz do pré-candidato republicano, George Sorial, em um comunicado.
O Parlamento britânico "criaria um precedente perigoso e enviaria ao mundo a terrível mensagem de que o Reino Unido se opõe à liberdade de expressão e não deseja atrair investimentos", completa a nota.
A Escócia, país de nascimento da mãe de Trump, se distanciou do bilionário depois de suas declarações sobre os muçulmanos.
Trump teve retirado um doutorado honorário e o título de embaixador de negócios.