Destruição de campo de refugiados de Calais prossegue

Em todo o acampamento, que se tornou a maior favela da França, estima-se entre 3.700 e 7.000 o número de imigrantes
Da AFP
Publicado em 02/03/2016 às 11:05
Em todo o acampamento, que se tornou a maior favela da França, estima-se entre 3.700 e 7.000 o número de imigrantes Foto: Foto: PHILIPPE HUGUEN / AFP


O desmantelamento parcial do acampamento de refugiados chamado de "selva" de Calais (norte da França) foi retomado nesta quarta-feira (2) pelo terceiro dia consecutivo, depois de uma noite relativamente tranquila, embora vários barracos tenham sido incendiados, constatou a AFP.

Pouco depois das 07h30 GMT (03h30 de Brasília), os funcionários da empresa contratada pelo Estado para destruir a parte sul do campo retomaram as operações, com a ajuda de escavadeiras.

"É preciso sair, isso vai ser demolido", advertiam os policiais nos precários barracos ainda ocupadas.

Poucos minutos antes, um importante dispositivo policial, com 30 veículos e dois caminhões antidistúrbios, foram mobilizados no setor que deveria ser evacuado, onde na segunda-feira foram registrados confrontos entre migrantes e policiais.

Cerca de dez barracos foram incendiados na noite de terça-feira que, no entanto, foi relativamente tranquila.

Na manhã desta quarta-feira (2), os barracos terminavam de queimar, sob os olhares de militantes britânicos de ajuda aos migrantes.

Não se sabe se os incêndios foram acidentais ou voluntários, mas tiveram como efeito estender significativamente a parte desmantelada do sul da "selva".

Entre 800 e mil migrantes vivem na parte sul da "selva", segundo o governo francês, mas as associações consideram que na realidade são 3.500.

Em todo o acampamento, que se tornou a maior favela da França, estima-se entre 3.700 e 7.000 o número de imigrantes, principalmente sírios, afegãos e sudaneses.

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