Um tribunal cipriota ordenou nesta quarta-feira (30) a detenção provisória por oito dias do egípcio que sequestrou na terça-feira (29), com um falso cinturão de explosivos, um avião da EgyptAir e forçou o desvio para o Chipre.
Os oito dias permitirão à polícia investigar o sequestro, que não teve relação com o terrorismo, segundo as autoridades. O desvio do avião terminou com a libertação, sãos e salvos, dos 55 passageiros e da tripulação, e a rendição, sem resistência, do egípcio.
Seif al-Din Mohamed Mostafa, de 58 anos, pode ser processado por sequestro, comportamento ameaçador e outros atos que violam a lei antiterrorista.
Ele não foi interrogado pelo tribunal, mas fez o sinal do "V" de vitória para os jornalistas ao sair da audiência e ser levado para uma viatura.
O avião, um Airbus A-320, foi sequestrado na manhã de terça-feira depois de decolar da cidade egípcia de Alexandria com destino ao Cairo.
O piloto explicou à torre de controle que um passageiro ameaçava detonar um cinturão de explosivos —que era falso — e o obrigava a pousar em Lárnaca, a 500 km das costa egípcia.
Após seis horas de tensão no aeroporto de Lárnaca, os passageiros e tripulantes foram progressivamente liberados.
As autoridades cipriotas afirmaram rapidamente que o sequestro não tinha qualquer relação com "terrorismo", e que foi uma "ação individual" de uma pessoa "psicologicamente instável". O homem afirmou que desejava ver a ex-esposa cipriota. O sequestrador já havia sido detido anteriormente por diferentes crimes, especialmente tráfico de droga, segundo uma fonte policial egípcia.