Milhares de venezuelanos foram às ruas nesta quarta-feira (11) para protestar contra a administração socialista do país, exigindo que as autoridades eleitorais comecem a contar as assinaturas que exigem um referendo para revogar o mandato do presidente Nicolás Maduro.
Alguns policiais atiraram gás lacrimogêneo contra os manifestantes para os manterem longe do edifício eleitoral que estava sendo atacado.
O ex-candidato da oposição à presidência Henrique Capriles Radonski foi ferido no tumulto. O líder da oposição no Congresso, Henry Ramos, condenou o ataque.
A autoridade eleitoral disse que vai esperar algumas semanas antes de começar a contar as assinaturas em favor de um referendo. A oposição quer que elas sejam contadas imediatamente Segundo o Conselho Nacional, para avançar com o referendo, a oposição deverá recolher 197.721 assinaturas válidas, o que corresponde a 1% do número de eleitores inscritos no Registro Eleitoral.
A coleta de assinaturas é o primeiro passo para pedir o início de um processo destinado à realização de referendo revogatório do mandado do presidente. O segundo passo consiste na coleta de 20% das assinaturas dos eleitores, que vão respaldar o pedido feito às autoridades eleitorais.
A oposição estima que uma vez cumpridas todas as etapas legais necessárias, o referendo ocorra entre setembro e novembro deste ano. A pesquisa mais recente apontou que 70% dos venezuelanos querem Maduro fora do poder ainda neste ano.
Ontem, os venezuelanos saíram às ruas em várias regiões do país para protestar pela falta de produtos básicos e a deficiente distribuição de alimentos