A procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, disse nesta terça-feira (21) que as autoridades avaliarão "o que poderia ter sido feito" para se evitar o massacre em uma boate gay de Orlando, na Flórida.
Hoje, Lynch visitou socorristas e familiares das vítimas da tragédia de Orlando, onde Omar Mateen matou 49 pessoas e feriu outras 53 na boate gay Pulse. Ele foi abatido pela Polícia no local.
O atirador havia sido investigado pelo FBI, que o interrogou em 2013 e 2014 por possíveis vínculos com terroristas, mas as investigações foram arquivadas.
"Voltaremos a examinar nossos contatos (com Mateen) para procurar se há algo que poderíamos ter feito diferente", disse Lynch em entrevista coletiva.
A primeira vez que o FBI investigou Mateen foi em maio de 2013, quando seus colegas de trabalho relataram comentários que pareciam simpáticos a ações terroristas.
"Foi investigado. Analisamos se realmente apoiaria as declarações que estava fazendo e não encontramos evidência naquele momento...", acrescentou a procuradora-geral.
Lynch disse ainda que Mateen, de 29 anos, "voltou ao radar no contexto de outra investigação, porque alguém que ele conhecia havia viajado para se tornar um atacante suicida". Esse caso também foi arquivado porque o jovem americano de origem afegã não estava diretamente envolvido.
Após o ataque à boate Pulse, "estamos analisando todos os nossos contatos com ele (...) para determinar se há algo que poderíamos ter feito melhor", reafirmou Lynch.