Nicola Sturgeon, líder do Partido Nacional Escocês, afirmou nesta sexta-feira (24) que a hipótese de um segundo referendo sobre a independência da Escócia é "altamente provável".
Ao contrário da Inglaterra e do País de Gales, a Escócia votou majoritariamente a favor da permanência do Reino Unido na UE, com 62% dos votos. O governo, que é autônomo, considera que, com a decisão, o país será retirado à força do Bloco.
"Como primeira-ministra da Escócia, tenho o dever de responder não apenas ao resultado em todo o Reino Unido, mas também, e em particular, à decisão democrática tomada pelo povo da Escócia. Como as coisas estão, a Escócia enfrenta a perspectiva de ser levada para fora da UE contra sua vontade. Considero isso democraticamente inaceitável ", disse Nicola Sturgeon.
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Em setembro de 2014, a Escócia votou em um referendo sobre a independência da região. À época, os independentistas foram derrotados com 45% dos votos, contra os 55% dos que apoiavam a permanência no Reino Unido. O Reino Unido é composto por Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte.
A primeira-ministra escocesa afirmou que, no referendo de 2014, a independência foi derrotada em parte porque sair do Reino Unido significaria que a Escócia ficaria fora da União Europeia, justamente o que está acontecendo agora.
"Eu quero deixar absolutamente claro que tenho a intenção de tomar todas as medidas possíveis [...] para assegurar o nosso lugar permanente na UE e no mercado único", disse Sturgeon.