O ministro britânico de Assuntos Europeus, David Lidington, descartou a possibilidade de um segundo referendo sobre o Brexit, ao declarar em uma entrevista ao jornal polonês Rzeczpospolita que "na democracia é necessário respeitar os resultados das consultas".
A ideia de um novo referendo foi citada na segunda-feira (27) pelo líder do partido que governa a Polônia, Jaroslaw Kaczynski.
"Não acredito que seria correto. Na democracia é necessário é respeitar os resultados das eleições e acatá-los", declarou Lidington, que participou na segunda-feira em Varsóvia de um encontro de ministros de 10 países da UE, organizado por iniciativa da diplomacia polonesa.
Lidington destacou ainda que "a participação no referendo foi muito alta, mais de 72% de eleitores, acima das últimas eleições parlamentares".
Na segunda-feira, o líder do partido Direito e Justiça (PiS, conservador), que governa a Polônia, Jaroslaw Kaczynski, defendeu a ideia de uma segunda consulta.
"Nossa ideia hoje, não no futuro, prevê esforços para que o Reino Unido volte à União, para que aconteça um segundo referendo. Esta tendência existe no Reino Unido", disse Kaczynski.
Ao ser questionado sobre uma eventual saída da Escócia do Reino Unido, David Lidington respondeu que a ruptura do Reino Unido "seria uma tragédia".
"A saída da Escócia poderia ter consequências econômicas graves e sua adesão rápida à UE não está garantida".
A primeira-ministra escocesa também "se equivoca" ao pensar que o Parlamento escocês tem o direito de veto sobre a votação de 23 de junho, completou Lidington.
Nicola Sturgeon, primeira-ministra escocesa e líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), sugeriu que o Parlamento da Escócia teria o direito de veto para rejeitar os resultados do referendo.