Os venezuelanos que moram perto da Colômbia terão 12 horas para cruzar a fronteira neste domingo (10) e fazer compras no país vizinho, após uma autorização dada pelo presidente Nicolás Maduro.
A passagem foi fechada no ano passado por ordem da Venezuela.
Por 12 horas, uma passagem de pedestres ficará aberta entre as pontes Simón Bolívar (Venezuela) e Francisco de Paula Santander (Colômbia), depois que, na última terça-feira (5), cerca de 500 mulheres forçaram o cruzamento da fronteira para adquirir comida e produtos básicos na cidade de Cúcuta.
Maduro "ordenou que não quer nenhum ferido, nenhum morto, não quer show (...) e se essas mulheres estão decididas a ir outra vez no domingo, podem se reunir, passar para a Colômbia, comprar lá e voltar", disse em entrevista a uma emissora de rádio o governador do estado fronteiriço de Táchira (oeste), José Vielma Mora.
A Venezuela trabalha para "que se deem as condições necessárias e se reabra" definitivamente a fronteira, de 2.200 km, publicou o governador no Twitter neste sábado.
Vielma Mora disse, ainda, que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, "reconhece" que a medida tomada por Maduro em agosto de 2015 "gerou uma maior segurança".
A oposição denuncia, porém, que o fechamento da fronteira agravou a escassez de alimentos e remédios na zona.
Na semana passada, os ministros da Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas, e da Venezuela, Vladimir Padrino, retomaram as conversas sobre a segurança na área limítrofe, com a possibilidade de restabelecer a passagem.
Maduro ordenou o fechamento da fronteira no ano passado, após um ataque de supostos paramilitares colombianos contra uma patrulha militar venezuelana. Três ficaram feridos na cidade de San Antonio del Táchira.