Os presidentes de duas comissões da câmara baixa do Congresso norte-americano apelaram ao Ministério da Justiça para iniciar uma investigação sobre as testemunhas da ex-secretária de Estado Hillary Clinton relacionadas com ao caso dos e-mails.
A carta com a exigência de iniciar uma nova investigação foi assinada por Jason Chaffetz, chefe da Comissão de Supervisão e Reforma Governamental, e Bob Goodlatte, presidente da Comissão de Assuntos Jurídicos. Ambos são republicanos.
"As provas encontradas pelo FBI durante a investigação sobre o uso por Clinton de e-mail pessoal mostraram contradições entre alguns aspectos de seu testemunho sob juramento no Congresso", escreveu a agência Reuters, citando a carta enviada para o procurador federal Channing Phillips.
Chaffetz também exigiu a liberação de acesso aos materiais da investigação do FBI sobre o caso envolvendo a candidata Clinton.
Hillary foi secretária de Estado entre 2009 e 2013. Posteriormente, foi revelado que ela violou a lei ao utilizar seu e-mail pessoal, que não estava protegido, para tratar de questões confidenciais.
O diretor do FBI, James Comey, afirmou em 5 de julho que a agência de investigação não conseguiu encontrar provas de que hackers tivessem tido acesso ao servidor de correio eletrônico da ex-secretária de Estado. Ao mesmo tempo, Comey reconheceu que a "cultura de segurança" no Departamento de Estado foi "insuficiente".
Em abril de 2016, o Departamento de Estado encerrou sua investigação sobre o caso para não interferir com a do FBI, segundo o Guardian.
O interesse pelo caso aumentou devido ao fato de Hillary Clinton ser a principal candidata do Partido Democrata para concorrer às eleições presidenciais norte-americanas. De acordo com a maioria das pesquisas, ela está à frente de seu principal rival republicano, Donald Trump.