O presidente da França, François Hollande, disse hoje (15) que 50 feridos do ataque em Nice estão em condições graves e correm risco de morrer. Isso pode elevar nos próximos dias o número de óbitos no ataque, que neste momento é de 84 mortos. Mais de 100 pessoas estão hospitalizadas, sendo 54 crianças.
Todas ficaram feridas na Promenade des Anglais, a principal avenida de Nice, quando um caminhão avançou no público, a 80 km/h. O veículo percorreu quase dois quilômetros em zigue-zague e era conduzido pelo francês de origem tunisiana Mohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos, que foi morto pela polícia.
"Há muitos estrangeiros que vieram de todos os continentes, e tantas crianças, que estavam para assistir à queima de fogos de artifício. Foram mortos só para satisfazer a vontade de um indivíduo ou talvez de um grupo", disse Hollande durante uma coletiva de imprensa. O presidente viajou em caráter de emergência a Nice para acompanhar a situação do que já é o segundo maior ataque no país.
Em 13 de novembro do ano passado, a França foi vítima do maior atentado terrorista de sua história, com 130 mortos, organizado pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Nenhum grupo, porém, assumiu autoria da ação em Nice ainda. Mas Hollande já declarou que o ato tem indícios de origem terrorista.