Atualizada à 0h15
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou neste sábado de "traição" o imã exilado nos Estados Unidos Fethullah Gülen, a quem acusou de promover o golpe militar deflagrado na sexta-feira na Turquia.
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Em entrevista coletiva no aeroporto Atatürk de Istambul, Erdogan revelou que o hotel onde estava de férias em Marmaris, um balneário do sudoeste da Turquia, foi bombardeado após sua partida.
Erdogan foi recebido por uma multidão que agitava bandeiras turcas no aeroporto de Istambul, horas depois da deflagração da tentativa de golpe.
Mais cedo, o grupo ligado ao clérigo Gulen condenou a tentativa de golpe, afirmando que "por mais de 40 anos, os participantes do Fethullah Gulen e Hizmet têm defendido e manifestado seu compromisso com a paz e a democracia".
"Temos denunciado consistentemente intervenções militares na política doméstica. Estes são valores centrais dos participantes do Hizmet. Condenamos qualquer intervenção militar na política doméstica da Turquia", acrescentou a Aliança por Valores Compartilhados, sediada nos EUA.
MORTOS
Ao menos 42 pessoas morreram - civis e militares - em Ancara durante os confrontos provocados pela tentativa de golpe militar deflagrada na sexta-feira na Turquia, informou a Corte do distrito de Golbasi, na capital turca, citada pela TV local.
Tiros esporádicos persistiam na manhã deste sábado em vários bairros de Ancara, após uma noite confusa marcada por explosões atribuídas a bombardeios aéreos.