Os Estados Unidos expressaram nesta quarta-feira (31) seu horror diante dos relatos de que o governo do Sudão do Sul está recrutando crianças como soldados para lutar na guerra civil e advertiu que esses funcionários poderiam enfrentar sanções.
Os EUA foram um dos países que mais apoiou e patrocinou a criação do novo Estado da África, que conseguiu sua independência do Sudão em 2011, mas desanimou diante da violência e do caos em que se afundou.
No início do mês, a Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) advertiu que todas as facções que participam da guerra civil estão recrutando crianças para lutar, incluindo as forças do presidente Salva Kiir.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, John Kirby, disse nesta quarta-feira que seu país está "profundamente alarmado" com os relatos e que o uso de crianças soldados "seria uma das principais prioridades".
"Passando por cima dos nossos chamados de pôr fim à violência no Sudão do Sul, insistimos que encerrem imediatamente o recrutamento e uso de crianças soldados por parte das forças do governo e da oposição", assinalou.
Cerca de 16.000 crianças foram recrutadas por grupos armados - incluindo o exército nacional - desde o início da guerra civil em 2013, segundo dados da Unicef.