Os Estados Unidos denunciaram, nesta quarta-feira (7), a interceptação "perigosa" de um avião de patrulha marítima americano por um caça russo no Mar Negro.
Na manobra, que durou 19 minutos, o caça russo se aproximou a cerca de três metros do avião americano, "o que é considerado perigoso e não profissional", informou um funcionário americano da Defesa sob anonimato.
O funcionário afirmou que um avião russo Su-27 voou a menos de 9 metros do P-8 Poseidon antissubmarino e de Inteligência no espaço aéreo internacional, antes de se aproximar ainda mais.
"Durante a interceptação, que durou aproximadamente 19 minutos, o Su-27 manteve inicialmente a distância de nove metros até se aproximar a três metros do P-8, o que é considerado perigoso e não profissional", disse o funcionário.
Já Moscou garantiu que a interceptação foi realizada "em estrito apego às regras internacionais", porque os aviões americanos tentavam averiguar no que consistiam as manobras do Exército russo.
O funcionário disse que aviões e navios americanos interagem com embarcações russas na área, acrescentando que a maioria dos encontros foi realizada sem risco.
"Contudo, temos profundas preocupações quando se trata de uma manobra perigosa", completou o funcionário.
Em um comunicado, o Ministério russo da Defesa afirmou ter enviado caças Su-27 para controlar um avião americano P-8 Poseidon que por "duas vezes tentou se aproximar da fronteira russa sobre o Mar Negro sem ativar seu transponder (equipamento que emite sinal de identificação)".
"Depois que os caças russos se aproximaram dos aviões espiões para uma confirmação visual e para constatar os números de matrícula, a aeronave americana mudou rapidamente de direção e se afastou", acrescentou o comunicado.
"Os pilotos russos cumpriram estritamente as regras de voo internacionais", destacou o Ministério.
Uma interceptaçao igualmente "perigosa" ocorreu em maio do ano passado no Mar Negro, quando um Su-27 russo interceptou um RC-135 americano de reconhecimento.