As autoridades investigam como um "ato terrorista" o ataque com explosivos que deixou 29 feridos neste sábado (17) em Nova York, dos dias antes da abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas. Até o momento, descartam-se os vínculos internacionais.
Em coletiva de imprensa, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que ainda não se sabe o motivo do ataque.
"Não sabemos a motivação, não sabemos sua natureza. Não sabemos se teve uma motivação política ou se foi uma motivação pessoal", disse De Blasio.
"Todas as teorias sobre o que ocorreu e suas conexões serão analisadas, mas ainda não temos evidência concreta", acrescentou o prefeito.
O governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, considerou o ataque com bomba como um "ato terrorista", mas descartou que esteja vinculado ao "terrorismo internacional", enquanto o comissário de polícia da cidade, James O'Neill, afirmou que "ao menos até agora nenhuma pessoa ou grupo se declarou responsável".
"O estouro de uma bomba em Nova York é obviamente um ato terrorista, mas (este ataque) não está vinculado ao terrorismo internacional. Quer dizer, não encontramos conexões com o grupo Estado Islâmico", disse neste domingo o governador Cuomo.
"Não há razões para pensar que há outra ameaça no imediato", acrescentou Cuomo.
A explosão provocou 29 feridos que tiveram alta neste domingo. Também causou destroços no elegante bairro de Chelsea, repleto de bares e restaurantes.
"Os 29 feridos tiveram alta e saíram do hospital. É uma notícia muito boa", disse o comandante de bombeiros da cidade, Daniel Nigro, em coletiva de imprensa.
O ataque aconteceu dois dias antes do encontro de líderes mundiais em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, que contará comum adicional de mais de mil agentes de segurança.
O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, se solidarizou com as vítimas de Nova York, com um tuíte em que expressou suas "condolências e seus melhores desejos aos familiares e às vítimas da terrível explosão em Nova York".
A explosão reavivou os temores de um ataque extremista, a apenas uma semana das comemorações pelos 15 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas, que causaram cerca de 3.000 mortes.
O governador também confirmou que outro artefato explosivo foi encontrado sem ter sido explodido a algumas quadras de distância, na rua 27.
Além disso, uma bomba artesanal foi colocada no sábado em Nova Jersey em uma rua de um evento organizado pelo Corpo de Marines.
O artefato estava programado para explodir no momento em que centenas de corredores desta competição de 5 km passariam perto da lata de lixo. Mas o início da corrida demorou e a explosão não deixou nenhum ferido.
Em Minnesota, um homem também cometeu um ataque no sábado, com arma branca, ferindo oito pessoas no centro comercial. Mas as autoridades descartaram que esse atentado esteja relacionado com a explosão em Nova York.
Blair Anderson, chefe da polícia de St. Cloud em Minnesota, disse à rede CNN que até agora não se tem "nenhuma evidência que sugira uma conexão". No entanto, confirmou que o agressor teria perguntado se as vítimas eram muçulmanas antes de esfaqueá-las.
A agência Amaq, órgão de propaganda do grupo EI, anunciou neste domingo que o autor do ataque em Minnesota "era um soldado do Estado Islâmico, que respondeu aos chamados para tomar como alvos os cidadãos dos países-membros da coalizão dos cruzados".
O FBI afirmou que esse ataque é investigado como um "potencial ato de terrorismo", embora reconheça que não se saiba muito sobre um possível vínculo internacional do agressor, que foi abatido.