Depois da assinatura do histórico acordo de paz entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), os colombianos agora se preparam para o plebiscito deste domingo (2), que definirá se o pacto será aceito pela população ou não. E as campanhas já começaram.
Nas ruas de Cartagena de Índias, onde o pacto foi assinado, frases pintadas em muros em apoio ao processo de paz contrastam com adesivos nos vidros de trás de táxis que pedem o "não" ao acordo. Ao mesmo tempo, cidadãos comentam a cerimônia realizada na segunda-feira e discutem os discursos do presidente colombiano Juan Manuel Santos e do líder das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko".
Enquanto o governo realiza o que chama de "pedagogia da paz" - eventos em diferentes cidades para divulgar os pontos do acordo de paz -, o senador opositor e ex-presidente Álvaro Uribe realiza marchas e discursos contrários aos pactos feitos entre a guerrilha e o governo Santos.
Propagandas nas rádios explicam que o processo é a nova chance da Colômbia e pedem que as pessoas votem no domingo - o voto na consulta não é obrigatório. A campanha pelo "sim", com um fundo musical, pedem ainda que as pessoas "respeitem a opinião de todos", sem intransigência e violência. Em ruas de diferentes cidades, cartazes pendurados nas ruas exibem o apoio ao acordo.