Venezuela rejeita declaração de chanceleres sobre referendo

Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela classificou como ''falsa'' afirmações de países vizinhos de que condições estabelecidas inviabilizam realização da consulta anida este ano
AFP
Publicado em 30/09/2016 às 22:57
Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela classificou como ''falsa'' afirmações de países vizinhos de que condições estabelecidas inviabilizam realização da consulta anida este ano Foto: Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP


O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela rejeitou nesta sexta-feira a declaração do grupo de chanceleres latino-americanos, liderados pelo ministro José Serra, que questionou o papel do organismo no trâmite para o referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.

Em um comunicado, o CNE qualificou de "falsa" a afirmação dos chanceleres de Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, México e Peru de que as condições estabelecidas inviabilizam a realização da consulta ainda este ano.

"Tal afirmação é falsa e ignora a legislação venezuelana".

Em um comunicado emitido na véspera, os seis chanceleres expressaram sua "preocupação" com a decisão do CNE de adotar uma série de medidas "que têm o efeito de adiar a realização do referendo revogatório para 2017, afetando assim o sentido da consulta".

O grupo manifestou "apoio e sua disposição de contribuir para a realização de um diálogo entre o governo e os distintos atores políticos e sociais venezuelanos, que permita, através do entendimento mútuo, promover a estabilidade política, a recuperação econômica e o pleno respeito aos direitos humanos".

A carta é firmada por José Serra e por seus colegas de Argentina, Susana Malcorra; Chile, Heraldo Muñoz; Paraguai, Eladio Loizaga; México, Claudia Ruiz Massieu; e Peru, Ricardo Luna.

O CNE anunciou no dia 21 de setembro que a oposição poderá recolher as quatro milhões de assinaturas requeridas para chamar o referendo em 26, 27 e 28 de outubro.

Diante dos prazos, segundo o CNE, a consulta acontecerá entre fevereiro e março do ano que vem, o que garante ao chavismo permanecer no poder até a próxima eleição presidencial, prevista para 2018.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou no dia 21 de setembro que a oposição poderá recolher as quatro milhões de assinaturas requeridas para chamar o referendo em 26, 27 e 28 de outubro.

Diante dos prazos, segundo o CNE, a consulta acontecerá entre fevereiro e março do ano que vem, o que garante ao chavismo permanecer no poder até a próxima eleição presidencial, prevista para 2018.

A discussão ocorre em meio à crise política e a uma severa escassez de alimentos e remédios no país, onde a inflação galopante é calculada pelo FMI em 720% para este ano.

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