Um hospital localizado em Sakhour, bairro da cidade de Aleppo, Síria, controlado por rebeldes, foi atingido por ataques aéreos neste sábado (1/10), segundo a organização britânica Observatório Sírio para os Direitos Humanos e a Coordenação Local de Comitês. Uma pessoa foi morta durante o ataque, de acordo com as entidades.
Ativistas da oposição acusam as forças de segurança do presidente sírio Bashar al-Assad e a Rússia pelos ataques, que atingiram também bases da Defesa Civil na região leste da cidade A área é controlada por rebeldes e vem sendo alvo do exército sírio e de milícias pró-governo.
Também neste sábado, a TV estatal do país informou que tropas do governo sírio capturaram a estratégica colina Um al-Shuqeef, próxima do campo de refugiados palestinos de Handarat, que também foi retomado pelo exercido de Bashar al-Assad no começo desta semana. A colina fica na fronteira norte de Aleppo.
Já o ultraconservador grupo militante Ahrar al-Sham informou que rebeldes recuperaram o controle de diversas posições que tinham perdido no bairro de Bustan al-Basha.
A ministra de Relações Exteriores da Suécia, Margot Wallstrom, criticou os ataques a alvos civis em sua conta no Twitter: "É inaceitável bombardear civis, crianças e hospitais em Aleppo. (É) falta de humanidade. Assad e Rússia se distanciam da paz".
Na província de Deir el-Zour, no leste da Síria, aeronaves da coalização comandada pelos Estados Unidos destruíram diversas pontos sobre o rio Eufrates, de acordo com a agência de notícias estatal síria Sana e com o coletivo ativista Deir el-Zour 24. A província é um reduto do grupo Estado Islâmico.
Sana informou que entre as pontes destruídas estava a ponte Tarif, que liga a cidade de Deir el-Zor, no leste do país, com a de Raqqa, no norte, considerada pelos extremistas como a capital de fato da Síria.
Mais cedo, a Rússia fez um alerta aos EUA afirmando que qualquer ataque apoiado pelo país contra forças do governo sírio poderão trazer repercussões para todo o Oriente Médio.
As tensões entre Rússia e EUA em torno do conflito na Síria aumentaram desde a quebra do cessar-fogo no último mês, quando cada um dos lados culpou o outro pela falta de êxito no acordo.
Na sexta-feira (30/9), autoridades norte-americanas afirmaram que o governo dos EUA continua buscando dialogar com Moscou sobre a crise na Síria, dias após o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ter ameaçado interromper as conversas depois de uma ofensiva de forças militares sírias e russas em Aleppo.
Fonte: Associated Press.