EUA: Hillary e Trump travam luta sem trégua na reta final da campanha

ais uma vez fragilizada pelo caso de seus e-mails, a candidata democrata retomou a ofensiva
AFP
Publicado em 02/11/2016 às 18:42
ais uma vez fragilizada pelo caso de seus e-mails, a candidata democrata retomou a ofensiva Foto: Foto: Agência Lusa


Na reta final de uma acirrada corrida eleitoral, a luta sem trégua entre Hillary Clinton e Donald Trump se endurece ainda mais nesta quarta-feira (2), com virulentos ataques pessoais e constantes acusações de incompetência.

Mais uma vez fragilizada pelo caso de seus e-mails, a candidata democrata retomou a ofensiva e acusou seu rival republicano, entre outras coisas, de ter "passado sua vida denegrindo, degradando, insultando e agredindo as mulheres".

"Demonstrou que não tem o temperamento nem a qualificação para ser presidente", lançou aquela que, aos 69 anos, poderá se tornar a primeira mulher presidente dos Estados Unidos após a eleição da próxima terça-feira, 8 de novembro.

Trump

Donald Trump, de 70 anos, não ficou atrás e sacou toda sua artilharia pesada. Sua rival ameaça - segundo ele - provocar uma "Terceira Guerra Mundial", se chegar à Casa Branca, e é culpada de ter deixado entrar nos Estados Unidos "os mais perigosos e violentos clandestinos", quando estava à frente do Departamento de Estado.

"Não tem senso comum, não tem intuição", apontou o magnata, em um comício realizado no estado-chave da Flórida, o qual percorrerá durante todo o dia e onde voltará a escutar o pedido de colocar Hillary "atrás das grades".

Os assessores do republicano acusaram Hillary de ter "colocado constantemente seus interesses (...) acima dos interesses dos americanos".

Essa retórica irritou Hillary.

Na terça-feira, durante um comício na Flórida, um manifestante exibiu um cartaz, no qual acusava seu marido, Bill Clinton, de ser um estuprador. A ex-primeira dama não se conteve.

"Cansei desses comportamentos negativos, obscuros, divisivos e perigosos de gente que apoia Donald Trump", declarou ela, prevendo uma difícil reconciliação entre "os dois Estados Unidos" que se enfrentam nas urnas nesta eleição.

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