Forças sírias lideradas pelos curdos e apoiadas pelos Estados Unidos anunciaram neste domingo (6) um plano para retomar a cidade de Raqqa, que é atualmente considerada capital não oficial do Estado Islâmico, e disseram que esperavam que a Turquia não interferisse em assuntos internos da Síria.
O anúncio foi feito neste domingo pelas Forças Democráticas da Síria, uma coalizão formada por curdos, árabes e cristãos, em uma conferência de imprensa realizada no norte de Raqqa, com a presença de comandantes e porta-vozes. Na ocasião, um funcionário leu uma declaração que dizia que a operação para libertar Raqqa, batizada de operação "Ira dos eufrates" ("Euphrates Rage", em inglês), havia começado oficialmente. Segundo o comunicado, 30 mil combatentes vão participar da operação.
A coalizão Forças Democráticas Síria é dominada pelo principal grupo de combate curdo sírio, conhecido como "Unidades de Proteção do Povo". Os Estados Unidos consideram o grupo como a força mais eficaz contra o Estado Islâmico, mas a Turquia acredita que se trata de uma organização terrorista e afirma que está ligada ao grupo curdo proscrito do país. As autoridades turcas, incluindo o presidente Recep Tayip Erdogan, disseram que não vão aceitar um papel para os curdos na libertação de Raqqa.
O ministro da Defesa na semana passada da Turquia sugeriu que em vez de os curdos, as forças turcas de podem apresentar uma "alternativa".
Mas funcionários curdos rejeitaram qualquer papel para a Turquia ou às forças de oposição que apoia dentro da Síria, na campanha para retomar Raqqa.