O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou neste domingo (20) que não está otimista sobre o futuro imediato da Síria, num momento em que o regime e seu aliado russo bombardeiam a população civil em Aleppo.
"Eu não sou otimista sobre as perspectivas de curto prazo na Síria", afirmou Obama durante uma coletiva de imprensa em Lima, Peru, advertindo que a segunda maior cidade da síria cairá provavelmente nas mãos das forças do presidente Bashar al-Assad.
"Uma vez que a Rússia e o Irã tomaram a decisão de apoiar (Bashar al) Assad em sua campanha aérea brutal (...) é difícil ver como a oposição, incluindo aquela treinada e moderada, poderia manter suas posições por um longo tempo", acrescentou.
O presidente americano pediu neste domingo ao seu colega russo Vladimir Putin que aumente os esforços para limitar a violência e o sofrimento da população na Síria, durante um encontro informal em Lima, de acordo com uma fonte da Casa Branca.
Obama também afirmou que seu sucessor Donald Trump não deveria ser criticado antes de assumir suas funções, mas deixou claro que tomará a palavra se os valores americanos forem ameaçados.
"Vou ser respeitoso da função (presidencial) e darei ao presidente eleito a oportunidade de constituir a sua equipe e aplicar a sua política", mas se alguma coisa for "contrária aos ideais e valores, e que eu considerar ser necessário defendê-los, então examinarei a situação".