A polícia espanhola apreendeu vídeos que mostram dois suspeitos de extremismo com armas junto a imagens da famosa praça madrilenha da Porta do Sol, local onde milhares de pessoas celebram o Ano Novo.
Os vídeos teriam sido encontrados entre os pertences pessoais de Edrissa Ceesay Sanuwo e Sami Sennouni Mouh, dois homens de nacionalidade espanhola que foram presos nessa quarta-feira (28) por delitos de "apologia ao terrorismo" e "depósito de armas de guerra", segundo assinala os autos da Audiência Nacional.
"Há imagens de vídeo que mostram homens encapuzados, com armas, diante da Porta do Sol", indicou esta fonte à AFP.
Durante a operação, a polícia fez inspeções nas quais encontrou carregadores de fuzil do tipo AK-47 e trinta balas, todos escondidos em um terreno baldio no sul de Madri.
Os investigadores encontraram também os vídeos em que os suspeitos mostram armas e um facão, revelou nesta sexta-feira o jornal La Razón.
Os suspeitos, segundo a fonte judicial, gravaram vídeos onde pode-se ver a bandeira preta do grupo extremista Estado Islâmico e ouvir a música de fundo similar à utilizada por eles em seu material de propaganda.
De toda forma, a fonte advertiu que "há uma grande distância" entre o fato de encontrar os vídeos e os homens estarem planejando um ataque à Porta do Sol, destacando que até o dia de hoje não foi achado nenhum outro elemento concreto de preparação.
De toda forma, a fonte advertiu que "há uma grande distância" entre o fato de encontrar os vídeos e os homens estarem planejando um ataque à Porta do Sol, destacando que até o dia de hoje não foi achado nenhum outro elemento concreto de preparação.
Os vídeos, que continham cantos islâmicos e frase de teor jihadista, foram difundidos em redes sociais como Instagram, YouTube e Facebook.
Esta informação é divulgada quando as autoridades terminam os preparativos para a festa de Réveillon na Porta do Sol, onde deverão se reunir cerca de 25.000 pessoas para receber o Ano Novo.
Cerca de 800 agentes da polícia foram mobilizados pela prefeitura de Madri.
As autoridades também colocarão pesados obstáculos (caminhões da polícia, barreiras de concreto e ferro) para evitar ataques com caminhões.
Desde 2015, 177 supostos extremistas foram presos em território espanhol, segundo as forças de segurança. A maior parte é processada por atos de propaganda e recrutamento em nome do grupo Estado Islâmico, ou por "autodoutrinação", crime existente no país há um ano.
A Espanha tem permanecido relativamente a salvo do fenômeno de combatentes estrangeiros unidos a grupos extremistas quando comparada a outros países europeus.
As autoridades estimam que somente 200 espanhóis viajaram para o exterior para lutar nos fronts extremistas, um número muito menor do que os milhares de combatentes da França e Bélgica.
O ministro espanhol do Interior, Juan Ignacio Zoido, supervisionará pessoalmente as medidas de segurança que serão tomadas na noite de sábado para as festividade do Ano Novo, visitando a direção-geral da polícia em Madri, informou sua assessoria de imprensa.
"Acredito que podemos confiar em nossas forças e órgãos de segurança, pois são pessoas que têm demonstrado sua competência ao longo dos anos", indicou o presidente do governo, Mariano Rajoy, em coletiva de imprensa.