As equipes de resgate trabalhavam neste sábado (11) à procura de sobreviventes após um terremoto de 6,5 de magnitude, que matou pelo menos seis pessoas, fez centenas de feridos e causou grande destruição no sul das Filipinas.
Os habitantes da cidade costeira de Surigao, na ilha de Mindanao, passaram a noite aterrorizados pelas réplicas ocorridas após o terremoto principal, registrado na noite de sexta-feira (10), quando muitas pessoas já estavam dormindo.
"Eu pensei que era o fim do mundo. O asfalto nas ruas cedeu", relatou um morador, Carlos Canseco, à televisão ABS-CBN.
Mindanao está localizada cerca de 700 quilômetros a sudeste de Manila, a capital das Filipinas.
O chefe de operações de gestão de desastres da província, Ramon Gotinga, informou que o terremoto também provocou ao menos 126 feridos, incluindo 15 gravemente
A maioria das vítimas foram mortas atingidas por objetos, mas um homem foi soterrado no andar superior de sua casa, que desabou, e uma mulher idosa morreu de um ataque cardíaco, indicou.
O terremoto de 6,5 graus ocorreu a 27 quilômetros de profundidade, de acordo com o Instituto Geológico americano USGS. Seu epicentro foi no mar, 14 km ao norte de Surigao, segundo o Escritório Sismológico das Filipinas.
O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico não emitiu um alerta.
Mas milhares de pessoas aterrorizadas fugiram para as montanhas, temendo que uma onda gigante engolisse a cidade costeira de 152.000 habitantes. Outros passaram a noite em estacionamentos ou em outros lugares ao ar livre.
Gotinga declarou neste sábado que os habitantes da localidade ainda estavam muito assustados. "Eles estão traumatizados. A cada réplica, eles correm para as ruas", disse o oficial.
Muitos edifícios na cidade de Surigao foram afetados. Uma ponte desabou e outras duas foram danificadas, e a pista do aeroporto de Surigao foi fissurada, o que resultou no desvio dos voos, segundo informações da Defesa Civil.
A eletricidade em Surigao e em seus arredores foi cortada, mas já começou a ser restabelecida parcialmente.
Um professor universitário, Rocks Tumadag, declarou à AFP que tremores secundários continuaram a ser sentidos na ilha horas após o terremoto.
"Houve pânico nas ruas", disse ele, acrescentando que muitos edifícios foram danificados e detritos estavam espalhados pelas ruas.