Uma mulher morreu e várias pessoas tiveram ferimentos graves quando um homem atropelou pedestres ante o Parlamento britânico, antes de esfaquear um policial, indicou a agência britânica PA citando um médico.
Trata-se de um médico do Hospital de Saint Thomas, muito próximo ao Parlamento de Westminster, e que recebeu as vítimas deste atentado classificado de "terrorista" pela polícia.
"Um policial foi esfaqueado e um suposto agressor atingido a tiros", declarou o chefe da Câmara dos Comuns, David Lidington, aos deputados, confinados dentro do Parlamento "até nova ordem".
A Scotland Yard anunciou ter sido chamada por volta das 14h40 (11h40 de Brasília) por um "incidente na Westminster Bridge relacionado com armas de fogo". A polícia confirmou mais tarde que considerava o ocorrido um incidente "terrorista" até "que se prove o contrário".
Um porta-voz de Downing Street, por sua vez, indicou que a primeira-ministra Theresa May estava "segura".
May se expressava aos parlamentares britânicos no início da tarde, mas o porta-voz se recusou a confirmar se ela ainda estava no Palácio de Westminster ou nas proximidades quando ocorreu o ataque.
Várias testemunhas entrevistadas pela imprensa britânica viram um homem atravessar os portões de entrada do Parlamento brandindo uma faca.
Outras testemunhas viram duas pessoas deitadas no chão em frente ao Parlamento, no coração de Londres.
"Nós estávamos tirando fotos do Big Ben quando todo mundo começou a correr e vimos um homem de 40 anos carregando uma faca de cerca de vinte centímetros. Então ouvimos três tiros. Atravessamos a rua e vimos o homem sangrando no chão", relatou Jayne Wilkinson à agência britânica Press Association.
"Eu claramente ouvi tiros. Vi alguém vestido de preto caindo. Acho que era um policial", declarou um funcionário do Parlamento à AFP. A pessoa, que se recusou a dar a sua identidade, disse que viu a cena de seu escritório.
Um helicóptero de salvamento pousou pouco depois no local do incidente. Além disso, pelo menos duas ambulâncias estavam estacionadas perto da Ponte de Westminster, constatou um jornalista da AFP. A polícia afastou a multidão na ponte, afirmando que o lugar "não era seguro".
A televisão britânica também exibiu imagens de um carro nas grades laterais da Westminster Bridge, em frente ao Parlamento e ao Big Ben. As imagens mostraram ao menos duas pessoas deitadas no chão e recebendo ajuda na ponte fechada ao tráfego.
A estação de metrô de Westminster foi fechada, anunciou um porta-voz da Transport for London.
No Parlamento escocês em Edimburgo, os debates sobre o referendo da independência foram suspensos após o anúncio do incidente em Londres.
Um oficial da segurança afirmou que a polícia escocesa estava revendo a segurança em Holyrood, o bairro de Edimburgo onde o Parlamento escocês está localizado.
A Scotland Yard anunciou no início de março que os serviços de segurança britânicos tinham "frustrado treze tentativas de ataque terrorista desde junho de 2013" no Reino Unido.
O nível de alerta terrorista no Reino Unido foi elevado desde agosto de 2014 a "grave", o quarto em uma escala de 5.
Após os ataques de novembro de 2015 na França, a polícia anunciou a mobilização de mais 600 policiais armados em Londres, levando o total a 2.800.