Trump: ataque a Síria é 'vital para segurança nacional'

Presidente americano ordenou o bombardeio a uma base aérea síria em retaliação a um ataque com armas químicas que matou 86 pessoas
AFP
Publicado em 06/04/2017 às 23:15
Presidente americano ordenou o bombardeio a uma base aérea síria em retaliação a um ataque com armas químicas que matou 86 pessoas Foto: Foto: JIM WATSON / AFP


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira (6) que o ataque contra a Síria foi "vital para a segurança nacional", após dezenas de mísseis de cruzeiro Tomahawk atingirem uma base aérea síria em retaliação a um bombardeio com armas químicas que matou 86 pessoas.

Ao destacar que o presidente sírio, Bashar al Assad, atacou com gás neurotóxico "homens, mulheres e crianças indefesos", Trump disse que "todos os países civilizados deveriam contribuir para o fim do conflito na Síria".

"Na terça-feira, o ditador sírio, Bashar al Assad, lançou um horrível ataque com armas químicas contra civis inocentes usando um agente neurológico mortal", declarou Trump em mensagem pela TV.

"Esta noite, peço a todos os países civilizados que se unam a nós para buscar o fim do derramamento de sangue na Síria e também para acabar com o terrorismo, de qualquer tipo". "Esperamos que enquanto os Estados Unidos defenderem a justiça; a paz e a harmonia prevaleçam no final".

 

Washington informou Moscou sobre ataque à Síria

Os Estados Unidos advertiram a Rússia sobre o ataque a uma base aérea na Síria, informou o Pentágono na noite desta quinta-feira.

"As forças russas foram alertadas antes do ataque através da linha estabelecida", disse o comandante Jeff Davis, porta-voz do Pentágono.

"Os estrategistas militares americanos tomaram as precauções necessárias para minimizar os riscos do pessoal ruso ou sírio estacionado na base aérea".

Ataque à Síria com 70 mísseis

Os Estados Unidos lançaram aproximadamente 70 mísseis Tomahawks em direção à Síria nesta quinta-feira (6). Os mísseis partiram do Mar Mediterrâneo, em direção a alvos estratégicos na Síria, no Oriente Médio. Este é o primeiro ataque direto dos Estados Unidos contra o governo do presidente Bachar Al Asad desde o início da guerra civil no país. 

O ataque americano ocorre pouco mais de um dia depois de um bombardeio com armas químicas ter matado dezenas de pessoas no norte da Síria. Uma fonte do Pentágono informou que 70 mísseis de cruzeiro Tomahawk foram disparados contra a base aérea de Shayrat, de onde segundo Washington partiu o ataque químico, que deixou 86 mortos, incluindo várias crianças.

Trump havia prometido destruir Estado Islâmico

Um dia antes do ataque americano, o presidente Donald Trump havia prometido destruir o grupo Estado Islâmico (EI) e proteger a civilização, e denominou de "afronta à humanidade" o suposto ataque químico na Síria que deixou 86 mortos, inclusive cerca de vinte crianças, advertindo: isto "não pode ser tolerado".

"Na minha opinião, ultrapassaram vários limites... Quando se mata crianças inocentes, bebês... Isto é ultrapassar muitos, muitos limites, muito além de apenas uma linha vermelha", disse Trump durante uma coletiva de imprensa conjunta com o rei Abdullah II, da Jordânia, em visita à Casa Branca.

"Sua morte é uma afronta à humanidade. Estes atos de ódio pelo regime de (Bashar al) Assad não podem ser tolerados", acrescentou o presidente, sem dar detalhes das ações que os Estados Unidos poderiam adotar após o ataque.

Em um claro alerta sobre a mudança de tom de seu governo, o presidente americano disse que sua "atitude com relação à Síria e a Assad mudou. Agora estamos falando de outro nível, completamente diferente".

Trump também reiterou a promessa de destruir o grupo extremista Estado Islâmico (EI) para "proteger a civilização". "Destruiremos o EI e protegeremos a civilização. Não temos escolha. Protegeremos a civilização", destacou.

TAGS
Donald Trump EUA Síria Guerra míssil
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory