Rússia proíbe Testemunhas de Jeová por serem 'extremistas'

Após decisão do Supremo Tribunal, que considerou a organização religiosa como extremista, as Testemunhas de Jeová ainda terão seus bens confiscados
AFP
Publicado em 20/04/2017 às 14:04
Após decisão do Supremo Tribunal, que considerou a organização religiosa como extremista, as Testemunhas de Jeová ainda terão seus bens confiscados. Foto: Reprodução / Google Street View


As Testemunhas de Jeová foram proibidas de atuar na Rússia e seus bens serão confiscados, após a decisão nesta quinta-feira do Supremo Tribunal, que considerou a organização como extremista.

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Um líder russo das Testemunhas de Jeová, Iaroslav Sivoulski, declarou estar "chocado" com a decisão dos juízes e anunciou que a organização religiosa vai apelar.

"Não pensava que algo assim poderia acontecer na Rússia moderna, onde a Constituição garante a liberdade de religião", disse ele.

O ministério da Justiça russo havia apresentado uma ação no Supremo Tribunal considerando as Testemunhas de Jeová "uma ameaça para os direitos das pessoas, da ordem pública e da segurança pública".

Sentença

O juiz Yury Ivanenko afirmou na sentença que a organização "deverá entregar à Federação russa suas propriedades".

O grupo religioso possui 395 centros em todo o país e já travou várias disputas com as autoridades russas nos últimos anos.

Em janeiro, o líder da organização na cidade de Dzerzhinsk foi multado por distribuir material considerado extremista pelas autoridades.

O governo russo dissolveu em 2004 um ramo da organização, uma decisão que a Corte Europeia de Direitos Humanos considerou em 2010 em violação aos direitos da religião e associação.

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