EUA

Arkansas executa o primeiro de vários condenados à pena morte

A execução aconteceu mesmo depois das críticas ao estado pelo plano de aplicar várias penas até o fim do mês
AFP
Publicado em 21/04/2017 às 8:57
A execução aconteceu mesmo depois das críticas ao estado pelo plano de aplicar várias penas até o fim do mês Foto: Foto: Yasser Al-Zayyat/AFP


O estado americano do Arkansas executou nessa quinta-feira (20) o primeiro condenado à morte em uma década, apesar das críticas por seu polêmico plano de aplicar a pena capital de maneira apressada contra vários réus até o fim do mês.

Ledell Lee foi executado na quinta à noite, depois que a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou um recurso de última hora para suspender a medida, informou a procuradora-geral do Arkansas, Leslie Rutledge.

O preso recebeu uma injeção leta com três substâncias, incluindo uma que provocou um intenso debate legal.

Originalmente o governador republicano Asa Hutchinson havia planejado a execução de oito condenados em um período de 11 dias até o final de abril, quando expira a validade de um dos medicamentos - o midazolam - utilizados na injeção letal.

Mas em meio à oposição pública à pena de morte - incluindo protestos na capital estadual Little Rock, com a presença do ator Johnny Depp e de um juiz vinculado a um dos casos -, os advogados conseguiram suspender quatro execuções.

Jason McGegee, que tinha a morte programada para o dia 27, conseguiu em 6 de abril um adiamento de um mês após um recurso de clemência. Na sexta-feira passada (14), a Suprema Corte do Arkansas adiou - sem revelar os motivos - a execução de Bruce Ward, prevista para o dia 17.

Execuções adiadas

Na segunda-feira (17) à noite, depois que Don Davis teve direito a sua "última refeição" e a poucos minutos de sua execução, uma decisão de última hora da Suprema Corte dos Estados Unidos salvou sua vida.

Stacey Johnson foi o quarto condenado que conseguiu, na quarta-feira, um adiamento da execução.

Mas a Procuradoria do Arkansas promete lutar para aplicar a pena de morte aos demais condenados.

Em meio à batalha legal dos advogados por cada condenado, também existe uma polêmica sobre os medicamentos utilizados na injeção letal.

A Mckesson-Medical-Surgical Inc., distribuidora da Pfizer, havia solicitado à justiça a proibição do uso de seu brometo de pancurônio para executar presos. Na sexta-feira passada, um juiz decidiu a favor da empresa, o que suspendeu temporariamente todas as execuções.

Mas um tribunal de apelações suspendeu o bloqueio e autorizou o estado a executar os condenados com as drogas previstas, o que determinou o destino de Ledell Lee, o primeiro da lista a ser executado.

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