O presidente dos EUA, Donald Trump, disse neste domingo (30) que se seu governo não conseguir renegociar um acordo de livre comércio duradouro com o México e o Canadá, vai encerrar o tratado. A declaração, dada durante entrevista à emissora de TV CBS, está em linha com o que ele havia dito aos líderes dos dois países anteriormente.
Trump afirmou que a decisão de terminar com o acordo já tinha sido tomada, mas ele decidiu aceitar uma renegociação após um telefonema ao primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. "Eles disseram: Por favor, você prefere não terminar o Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte) - eu estava pronto para isso", contou. Segundo o presidente norte-americano, ele reconsiderou o assunto e resolver não fazê-lo agora, mas disse que pode mudar novamente de ideia se entender que o acordo renegociado não for "justo para todos".
Nesse sábado (29), Trump assinou uma ordem executiva orientando o Departamento de Comércio norte-americano e o representante comercial dos EUA a conduzir um estudo sobre os acordos comerciais dos EUA. O objetivo é determinar se os Estados Unidos estão sendo tratados de forma justa por seus parceiros comerciais e pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
Na mesma entrevista, Trump também comentou sobre o novo plano de saúde que seu governo pretende implantar. Ele disse que o projeto de lei sobre o assunto "evoluiu ao longo de um período de três ou quatro semanas" e salientou que o plano reduziria os prêmios.
A mais recente versão do Ato de Cuidado com a Saúde Americana dos republicanos propõe permitir que os estados desistam de exigências para prêmios padrão, sob certas circunstâncias. Mas críticos disseram que não existem exigências, que um estado deve fornecer uma opção de cobertura acessível para os consumidores.
Mais cedo, no Twitter, Trump afirmou que o novo plano "terá prêmios muito mais baixos e dedutíveis, enquanto ao mesmo tempo cuidará de condições pré-existentes". Em sua conta, ele também voltou a criticar o atual sistema de saúde, o Ato de Cuidado Acessível, conhecido com o ObamaCare, "porque o ObamaCare está morto".
Por enquanto, a administração de Trump vem mantendo os pagamentos ao ObamaCare. Sem os pagamentos compartilhados com seguradoras de saúde, que reduzem os custos de desembolso para cerca de seis milhões de inscritos no programa, as seguradoras avisaram que seriam forçadas a aumentar os prêmios em dois dígitos ou a se retirar totalmente do mercado.