A epidemia de cólera no Iêmen causou 34 mortes em nove de suas províncias em apenas 11 dias e, além disso, foram registrados 2.022 casos de diarreia aguda e suspeita de cólera no país, informou nesta terça-feira (9) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Estamos preocupados pelo ressurgimento de casos em Sanaa, Ad Dali, Ibb, Ta'izz, Dhamar, Hajjah, Al Bayda, Al Mahwit, Asima e Hudaydah", falou à Agência Efe o porta-voz da organização Tarik Jasarevic. "A OMS está em um estado de elevado alerta para conter o recente aumento de casos suspeitos de cólera", acrescentou.
Jasarevic disse que prevenir a expansão do surto é uma alta prioridade da OMS e "estamos coordenando esforços com todas as partes para assegurar uma resposta eficaz e rápida".
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) também apontou em um comunicado que seus profissionais no Iêmen tratam um crescente número de pacientes com cólera e diarréia aguda. "O número de pacientes aumentou drasticamente durante as últimas duas semanas, alcançando no total mais de 780 casos desde 30 de março", informou a ONG.
A MSF instalou centros de tratamento de cólera em cinco hospitais para isolar e tratar pacientes com sintomas da doença e para apoiar outras estruturas das autoridades de saúde do Iêmen. Desde o final de abril, as equipes da MSF trataram 276 pacientes em Dhalea e desde 30 de abril fez mesmo em 263 casos em Hajja, onde 168 foram recebidos nas últimas duas semanas.
Em Amran, Ibb e Ta'izz também foram internados "centenas" de pacientes nas últimas semanas.
O Ministério de Saúde Pública e População do Iêmen informou sobre mais de 310 casos na capital, Sanaa. As capacidades do sistema de saúde iemenita pioraram notavelmente devido ao conflito armado no país.