Venezuela acusa EUA de financiar 'grupos violentos' de oposição

Os protestos contra Maduro começaram em 1º de abril e já deixam 38 mortos
AFP
Publicado em 11/05/2017 às 14:24
Foto: AFP / JUAN BARRETO


O governo venezuelano acusou nesta quinta-feira (11) os Estados Unidos de financiar grupos violentos da oposição, que comparece às ruas há seis semanas para exigir a saída do presidente Nicolás Maduro do poder.

Veja algumas fotos do confronto:

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anifestante joga de volta uma lata de gás lacrimogêneo durante os protestos em Caracas - AFP / JUAN BARRETO
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anifestante joga de volta uma lata de gás lacrimogêneo durante os protestos em Caracas - AFP / JUAN BARRETO
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Manifestantes entram em confronto com a polícia - AFP / JUAN BARRETO
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Manifestantes entram em confronto com a polícia - AFP / JUAN BARRETO
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Um venezuelano de oposição senta em frente a uma parede pixada com a palavra Liberdade - AFP / JUAN BARRETO
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Manifestante joga de volta uma lata de gás lacrimogêneo durante os protestos em Caracas - AFP / JUAN BARRETO
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Um ativista da oposição é ferido e carregado por seus colegas durante confornto com a polícia - / AFP / FEDERICO PARRA
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Manifestantes protestam contra ogoverno de Nicolás Maduro - / AFP / FEDERICO PARRA
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Policiais chegam de moto em confronto com manifestantes contrários ao governo de Nicolás Maduro - / AFP / FEDERICO PARRA

"O financiamento e apoio logístico americano aos grupos violentos na Venezuela facilitaram uma insurgência armada", denunciou a chancelaria, advertindo que esta insurreição terá uma resposta com a lei.

Os protestos contra Maduro começaram em 1º de abril e já deixam 38 mortos, além de centenas de feridos e detidos, alguns dos quais - segundo organizações de direitos humanos - estão sendo julgados ilegalmente por tribunais militares.

Em seu comunicado, o governo venezuelano assegurou que o apoio americano faz parte de uma trama para intervir no país com as maiores reservas de petróleo do mundo, incluindo um bloqueio financeiro internacional e declarações ameaçadoras de funcionários.

A chancelaria citou em particular o subsecretário interino de Estado para o Ocidente, Francisco Palmieri, que na última terça-feira (9) criticou os planos de Maduro de reformar a Constituição como um mecanismo, segundo o presidente, para resolver a crise política.

Para Palmieri, com sua convocação a uma Assembleia Constituinte, Maduro busca "permanecer no poder".

A chancelaria venezuelana sustentou que a "violência extrema e o vandalismo" das últimas semanas também se devem a decisões "intervencionistas" da Organização dos Estados Americanos (OEA), que no mês passado denunciou uma ruptura da ordem constitucional.

Isto ocorreu por conta da decisão da justiça de assumir temporariamente as funções do Parlamento, único poder controlado pelos adversários do governo socialista.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, considera que a Venezuela está sob uma "ditadura", e Caracas respondeu declarando que ele é somente um "capanga contratado" a serviço da Casa Branca.

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