O Canadá busca proibir a expulsão de passageiros de voos comerciais depois do furor causado pelo incidente de um indivíduo que foi retirado à força de um avião nos Estados Unidos.
A declaração de direitos dos passageiros é parte de um pacote de emendas à lei do transporte, e entre elas também figura o aumento - de 25% para 49% - da participação estrangeira permitida em propriedade das companhias aéreas. "Escutamos os recentes relatos sobre maus tratos a passageiros", disse o ministro dos Transportes, Marc Garneau, em uma coletiva. "Esses incidentes não serão tolerados no Canadá", assegurou. "Quando os canadenses compram uma passagem esperam que a linha aérea cumpra com sua parte do trato".
A legislação proposta estabelece uma compensação mínima aos passageiros que voluntariamente cedam seu assento se houver overbooking no voo, assim como àqueles que tiverem sua bagagem perdida.
As linha aéreas também deverão pagar pelos longos atrasos na pista, terão que sentar as crianças perto de seus pais sem custo extra e desenvolver novos padrões para o transporte de instrumentos musicais.
Esta última disposição foi adotada em resposta aos muitos músicos que se queixavam pelas redes sociais porque seus instrumentos eram danificados nos voos.
No mês passado, um passageiro foi retirado do avião por seguranças de um voo da United Airlines em Chicago para dar espaço aos membros da tripulação, o que despertou a indignação pública. O passageiro, um médico de 69 anos, quebrou o nariz, perdeu dois dentes e sofreu uma concussão na cabeça, segundo seus advogados.
Se for aprovada pelo Parlamento canadense, a lei entrará em vigor em 2018.