O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou que tenha tentado interferir nas investigações do Escritório de Investigação Federal (FBI, na sigla em inglês) para ajudar seu ex-conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn. "Não, não. Próxima pergunta" foi a resposta dada por Trump ao ser questionado se teria pedido ao ex-diretor do FBI James Comey que encerrasse as investigações.
Uma possível ação de Trump nesse sentido poderia ser considerada obstrução de justiça, o que poderia gerar um processo de impeachment contra Trump. "Qualquer conversa sobre impeachment é totalmente ridícula", disse o presidente. Segundo ele, ao tomar a decisão de demitir Comey, achou que, pelo fato do diretor do FBI não ser popular, essa decisão teria apoio bipartidário. Ele ainda afirmou que uma decisão sobre o futuro diretor da Polícia Federal americana sairá em breve e que "eu aprecio o FBI e acho que precisa de um bom diretor".
Segundo o presidente, toda a investigação sobre a Rússia tem sido uma "caça às bruxas". Logo no início da coletiva de imprensa entre Trump e o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, o republicano afirmou que respeita a decisão do vice-procurador-geral dos EUA, Rod Rosenstein, de nomear um conselho especial para tratar sobre a possível interferência russa nas eleições, mas repetiu que vê o movimento como uma "caça às bruxas", além de dividir o país. "Acreditem em mim quando eu digo que não há um conluio entre mim e a Rússia. Minha prioridade é só uma: os EUA."
A política externa do governo Trump também foi abordada na coletiva de imprensa conjunta entre ele e Santos. Segundo o republicano, o muro que ele pretende construir na fronteira dos EUA com o México irá funcionar. "É só perguntar a Israel. Lá funciona", comentou o presidente. Além disso, ele e o presidente colombiano comentaram que irão trabalhar juntos em relação à crise política na Venezuela e ao tráfico de drogas. (Victor Rezende)