A Grécia atribuiu um bloqueio alemão à falta de acordo entre seus credores sobre um alívio à sua elevada dívida, na véspera em Bruxelas, embora tenha se dito convencida de que chegará a um compromisso em meados de junho entre Berlim e o FMI.
O porta-voz do governo, Dimitris Tzanakopoulos, não acredita, contudo, que o atraso na conclusão de um acordo entre seus credores ameace o país com um "default". O pagamento de 7 bilhões de euros vence em julho.
Segundo Tzanakopoulos, os ministros das Finanças da zona do euro optaram por "postergar" um acordo até que voltem a se reunir em 15 de junho.
Os credores europeus da Grécia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) fracassaram na segunda-feira em sua tentativa de fechar um acordo sobre esse alívio da elevada dívida grega, que teria permitido o desbloqueio de uma nova parcela de ajuda a Atenas.
"Estamos muito perto desse acordo, mas nesta noite não pudemos acabar com a brecha entre o que poderíamos fazer e o que alguns de nós esperam", disse o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijssebloem, ao fim de extensa reunião de mais de oito horas.
O trabalho a ser feito até 15 de junho é o de "superar a divergência" entre o FMI e Berlim, concentrada no "grau de concretude" sobre essas medidas para aliviar a dívida grega, afirmou Tzanakopoulos.
A Alemanha quer a participação econômica da instituição com sede em Washington mas sem se comprometer com um eventual alívio da dívida grega, enquanto o FMI exige medidas concretas de alívio para participar, ao considerar o atual nível -179% do PIB em 2016- insustentável.