As inundações dos últimos dias no Sri Lanka, as mais graves em uma década, deixaram 177 mortos, de acordo com um balanço atualizado divulgado pelas autoridades.
Na sexta-feira, as chuvas torrenciais provocaram inundações e deslizamentos de terra em todo o país, situação que obrigou 500.000 pessoas das regiões sul e oeste a abandonar suas casas.
O balanço anterior era de 169 mortos.
Ao menos 109 pessoas continuam desaparecidas e outras 109 estão hospitalizadas, anunciou o Centro de Controle de Desastres (Disaster Management Centre, DMC). Quase 2.000 casas foram destruídas.
"Pensei que minha vida tinha chegado ao fim", disse à AFP J.H. Siripala, um carpinteiro que foi resgatado no domingo quando estava no meio de uma inundação.
"Vivo nesta região há 27 anos, já vi outras inundações, mas nunca vi tanta água", afirmou, a bordo de uma embarcação de resgate.
Novas chuvas de monção podem afetar o país nesta segunda-feira e na terça-feira, o que pode prejudicar os trabalhos de resgate.
O exército mobilizou helicópteros, barcos e veículos anfíbios para ajudar os desabrigados e distribuir alimentos e produtos de primeira necessidade.
O governo do Sri Lanka também fez um apelo para receber auxílio internacional. A Índia enviou navios militares com ajuda médica.
A ONU anunciou o envio de contêineres com água e pílulas para purificar a água, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) pretende enviar medicamentos às regiões afetadas.
As inundações dos últimos dias são as mais graves no Sri Lanka desde maio de 2003, quando 250 pessoas morreram e 10.000 casas foram destruídas pelas chuvas de monção.
No ano passado, mais de 100 pessoas morreram em consequência do mesmo fenômeno meteorológico.