A criação de “zonas de segurança" na Síria melhorou substancialmente a situação local e praticamente "pôs fim à guerra civil" no país, disse nesta sexta-feira (9) o chefe de Operações do Estado Maior russo, general Sergei Rudskoi. A informação é da agência EFE.
"A situação mudou radicalmente para melhor após a assinatura do memorando em Astana [capital do Cazaquistão] para a criação de zonas de segurança no território da Síria. Praticamente acabou a guerra civil e a população começou a retornar às cidades e aos povoados libertados", afirmou o militar em entrevista coletiva".
Rudskoi criticou contudo a coalizão liderada pelos Estados Unidos na Síria por atacar as forças sírias e impedir que elas enfrentem o grupo jihadista Estado Islâmico (EI). "As ações da coalizão impedem as tropas governamentais de combater o EI e acreditamos que os nossos parceiros evitarão novos incidentes no futuro e se dedicarão à luta contra os terroristas", disse o general.
Já o comandante do contingente russo na Síria, Sergey Surovikin, acusou os EUA de "conspirar" contra as tropas sírias. Segundo ele, "ao invés de aniquilar os terroristas, culpados da morte de milhares de civis, a coalizão e a 'União de Forças Democráticas' sob o seu controle combinam com chefes do EI sua saída de algumas localidades sem resistência e a sua posterior transferência para as províncias com presença ativa de militares sírios".
Ao comentar as conquistas da Força Aérea russa, Surovikin indicou que os aviões do país realizaram mais de mil missões de combate em um mês, durante o qual foram destruídos 3,2 mil alvos terroristas. Já o Exército sírio, apoiado pela aviação russa, conseguiu libertar 83 localidades no nordeste da província de Aleppo e matar mais de 3 mil combatentes do EI, entre eles vários líderes, acrescentou.
Sergey Surovikin afirmou que as operações contra o Estado Islâmico e a Frente al Nusra continuarão até a erradicação destes grupos terroristas.