A Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos (AIAMP) manifestou nesta segunda-feira seu apoio a procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, expressando sua "preocupação" com a disputa que mantém com o governo de Nicolás Maduro.
Funcionários de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Espanha, Guatemala, Panamá, Paraguai, Portugal e Uruguai expressaram sua "profunda preocupação com as declarações públicas contra o trabalho" de Ortega.
"Repudiamos os atos de pressão, interferência e ameaça de poderes, públicos ou privados, assim como qualquer pretensão de remoção ilegal ou arbitrária contra a procuradora", destaca o texto.
"Rejeitamos (...) qualquer pretensão de levar adiante reformas legais que impeçam, de qualquer modo, o Ministério Público de ser autônomo e independente, e que busquem afetar as investigações em curso".
Chavista histórica, a procuradora-geral rejeita a Assembleia Constituinte convocada por Maduro sem o aval de um referendo, e apresentou um recurso contra a medida, impugnado nesta segunda-feira pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
Ao apresentar o recurso, a procuradora aprofundou as fissuras abertas no partido em meio aos protestos da oposição, iniciados em 1º de abril, com violentos distúrbios que deixaram 66 mortos.