A primeira reunião de um alardeado novo diálogo diplomático e de defesa entre Estados Unidos e China será realizada em 21 de junho em Washington, anunciou o Departamento de Estado nessa quinta-feira (15).
É provável que o programa de armamento nuclear da Coreia do Norte domine a agenda das conversações, que se seguem à declaração do chefe do Pentágono, Jim Mattis, a aliados asiáticos de que a iniciativa não comprometerá a oposição americana às atividades da China no Mar da China meridional.
O presidente Donald Trump, que denunciou várias vezes a China durante a campanha eleitoral, pediu ajuda a Pequim para pressionar Pyongyang, com Mattis, possivelmente seu funcionário mais importante, no tema.
Mattis e o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, receberão o conselheiro de Estado chinês, Yang Jiechi, e o general Fang Fenghui, chefe do Departamento de estado-maior do Exército Popular de Libertação, juntamente com outros funcionários de ambas as partes.
A reunião tem como objetivo "ampliar áreas de cooperação e reduzir as diferenças em temas chave de diplomacia e segurança", acrescentou o Departamento de Estado em um comunicado.
Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, acordaram o diálogo durante conversas bilaterais em abril na residência do presidente americano, em Mar-a-Lago, na Flórida.
Após se reunir com Xi, Trump - que uma vez acusou a China de "violar" os Estados Unidos - elogiou o líder como um "bom homem", alegando que seria inapropriado pressionar Pequim, enquanto Washington busca sua ajuda junto com Pyongyang.
Mattis abordou diretamente o assunto da Coreia do Norte durante uma importante cúpula da defesa da Ásia e do Pacífico no começo deste mês, qualificando suas ambições nucleares de "ameaça para todos nós", em um apelo pela unidade internacional.
"É imperativo que façamos a nossa parte, cada um de nós, para cumprir com nossas obrigações e trabalharmos juntos para apoiar nosso objetivo comum de desnuclearização da península da Coreia", disse Mattis no evento em Cingapura.
"O governo Trump se sente incentivado pelo compromisso renovado da China de trabalhar com a comunidade internacional na desnuclearização", acrescentou.