O acordo entre a Opep e outros países produtores de petróleo para reduzir a produção e estimular os preços não alcançou os resultados almejados, e a oferta segue alta, disse o secretário-geral do grupo nesta quarta-feira (12).
A Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros países produtores, como a Rússia, fecharam um acordo inédito no ano passado para reduzir a produção em 1,8 milhão de barris diários. O objetivo era subir o preço do barril, em queda ininterrupta há três anos.
Apesar do importante compromisso, os preços ainda estão baixos, por volta de 45 dólares o barril, para preocupação da Opep.
O secretário-geral da organização, Mohamed Barkindo, disse que tinha "altas expectativas" de que os mercados responderiam bem ao acordo, mas isso ainda não aconteceu.
Segundo Barkindo, os produtores estão indo "contra o vento", por causa das quedas cíclicas da demanda e do aumento da oferta, sobretudo com a evolução da extração de petróleo de xisto nos Estados Unidos.
Devido à alta do fornecimento de produtores de fora do acordo, a baixa esperada na oferta não aconteceu "em ritmo rápido o suficiente", disse. Mas os integrantes celebraram o acordo "sem precedentes".
Barkindo demonstrou esperança de os estoques diminuam - e, consequentemente, os preços aumentem - à medida que a demanda subir na segunda metade do ano.
"Esperamos que a redução se acelere. Seguimos muito otimistas de que estamos no caminho para ajudar os mercados a se reequilibrarem", concluiu.
Ele ainda confirmou que a Opep e os outros produtores vão se reunir no fim deste verão (no Hemisfério Norte) em São Petersburgo, na Rússia, para revisar as condições do acordo.