O chefe do poder Judiciário do Irã acusou nesta segunda-feira (24) os Estados Unidos de manter os iranianos detidos no país em "prisões sinistras" e exigiu a sua libertação imediata.
"Estão prendendo pessoas inocentes em prisões sinistras. Isso é contra a lei e as normas internacionais", disse Sadegh Larijani, citado pela rádio-televisão estatal.
"Devem libertar imediatamente os cidadãos iranianos detidos em prisões americanas", acrescentou o funcionário iraniano.
Seu apelo acontece três dias depois de a Casa Branca exigir que o Irã repatrie rapidamente os americanos detidos na República Islâmica, sob pena de infligir (ao país) mais sanções econômicas".
"O presidente (Donald) Trump está disposto a impor novas sanções ao Irã, a menos que todos os cidadãos americanos presos injustamente sejam libertados e entregues", escreveu na sexta-feira (21) a Casa Branca em um comunicado.
O ministério das Relações Exteriores iraniano respondeu no sábado, rejeitando as exigências americanas e afirmando que as autoridades do governo não têm controle sobre o Judiciário.
A Justiça iraniana anunciou em 17 de julho a condenação a dez anos de prisão de um cidadão americano acusado de "infiltração".
Dois cidadãos iranianos-americanos, o empresário Siamak Namazi e seu pai Mohamad Bagher Namazi, foram condenados em outubro de 2016, juntamente com quatro outras pessoas, também a dez anos de prisão por "espionagem" em favor de Washington.
Os Estados Unidos exigiram em várias ocasiões a libertação dos dois homens.
Washington também pede a cooperação de Teerã no caso de Robert Levinson, um ex-agente do FBI declarado desaparecido no Irã desde 2007. Teerã diz não ter qualquer informação sobre o seu destino.