A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, expressou sua preocupação pelos informes sobre as violações dos direitos humanos na Venezuela, onde os opositores devem iniciar nesta quarta-feira (26) uma greve de 48 horas contra a Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro.
"Os inúmeros informes sobre as violações dos direitos humanos, o uso excessivo da força, as prisões em massa e os julgamentos de civis por tribunais militares são uma fonte de preocupação", indicou Mogherini em uma declaração em nome da União Europeia.
O governo venezuelano enfrenta desde abril uma série de protestos, que se intensificaram depois da proposta do presidente Nicolás Maduro de convocar uma Assembleia Constituinte.
Desde então, os protestos resultaram em quase cem mortos.
"Já é hora de por fim a esta violência", afirmou a chefe da diplomacia europeia, que pediu ainda que Caracas respeite a "Constituição e o Estado de direito" e garanta "o respeito dos direitos e liberdades fundamentais, incluindo o direito à manifestação pacífica".
Mogherini enfatizou, além disso, que a Constituinte é uma "medida controvertida" para a sociedade, por isso pediu ao governo que tome medidas urgentes para restabelecer a confiança da população.
A diplomata ainda insistiu que todas as partes devem abrir os canais de diálogo, como a formação de um grupo de amigos regional, aceito pelo governo e oposição.