Maduro propõe à oposição diálogo antes da votação na Constituinte

Maduro propôs que oposição 'abandone o caminho insurrecional' e ajude a estabelecer uma mesa de diálogo antes da eleição
AFP
Publicado em 27/07/2017 às 20:23
Maduro propôs que oposição 'abandone o caminho insurrecional' e ajude a estabelecer uma mesa de diálogo antes da eleição Foto: FEDERICO PARRA / AFP


O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou a oposição a iniciar um diálogo antes das votações de domingo da Assembleia Constituinte, em um discurso em que confirmou que não recuará em seu projeto.

"Proponho à oposição política venezuelana que abandone o caminho insurrecional (...) e que estabeleçamos nas próximas horas, antes da eleição e instalação da Assembleia Nacional Constituinte, uma mesa de diálogo", disse Maduro.

"À oposição convém aceitar essa proposta", acrescentou a milhares de simpatizantes na avenida Bolívar (centro de Caracas).

O mandatário informou que, se seus adversários não aceitarem, ele proporá aos constituintes que convoquem, "de maneira obrigatória, um diálogo nacional de paz com uma lei constitucional".

"Vocês escolhem", afirmou Maduro, dirigindo-se à oposição.

Oposição mira Maduro com grande protesto contra Constituinte

A oposição venezuelana estenderá a toda a Venezuela o seu protesto convocado para sexta-feira em Caracas, em um desafio aberto ao governo de Nicolás Maduro, que proibiu as manifestações que afetem a votação, no domingo, da Assembleia Constituinte.

"As ruas da Venezuela são do povo, não da ditadura", respondeu em sua conta do Twitter a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Em um ultimato para que Maduro suspenda a eleição, os opositores preparam para sexta-feira uma grande marcha em Caracas e nesta quinta completam o segundo dia de uma greve de 48 horas, enquanto o número de mortos em quatro meses de protestos chega a 108, com os dois óbitos de hoje.

A MUD advertiu que, se o governo não voltar atrás com a Constituinte, depois da greve e do protesto de sexta-feira, "boicotará" a votação para eleger aos 545 constituintes que reformarão a Carta Magna e que dirigirão o país por tempo indefinido com faculdades absolutas.

No entanto, diante de uma multidão de apoiadores, no encerramento da campanha da Constituinte, Maduro reiterou que "chovendo, trovejando ou relampejando, a Constituinte acontecerá", apesar das pressões internas e externas.

Com setores da capital paralisados pela greve, Maduro convocou a oposição a iniciar um diálogo antes das votações de domingo da Assembleia Constituinte.

"Proponho à oposição política venezuelana que abandone o caminho insurrecional (...) e que estabeleçamos nas próximas horas, antes da eleição e instalação da Assembleia Nacional Constituinte, uma mesa de diálogo", disse Maduro.

O presidente acrescentou que, se seus adversários não aceitarem cooperar, ele proporá aos constituintes que convoquem, "de maneira obrigatória, um diálogo nacional de paz com uma lei constitucional". "Vocês escolhem", afirmou Maduro, dirigindo-se à oposição.

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